- Área: 14998 m²
- Ano: 2011
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Fotografias:Park Young-chae
Descrição enviada pela equipe de projeto. O Museu de Ciência para Crianças de Incheon está situado aos pés da montanha KyeYang em Bang Chug-Dong, Kyeyang-gu, Incheon, onde a natureza e a cidade estão unidas. A cidade de Incheon afirma este projeto como o primeiro museu especializado na ciência para crianças construído na Coréia, depois de 10 anos de preparação conseguir promover o projeto. Portanto, o conceito chamado "esponja que abraça os sonhos das crianças" foi criado sobre a base do contexto geográfico, um local que integra a cidade e natureza, os principais usuários e a exposição da ciência. O conceito de "esponja" foi aplicado em todas as esferas de desenho, do começo ao fim, como uma palavra chave que criou um entorno que integra a arquitetura, exposição, paisagismo e desenho de interiores.
O desenvolvimento conceitual se levou a cabo através da ideia de criar quatro ícones: o ícone Sonho, ícone Eco, ícone Comunidade e o ícone Divertido. A fim de materializar o conceito, a forma do edifício é familiar para as crianças, o desenho possui uma irregularidade e uma elevação perfurada distinta (ícone Sonho), e diversos espaços ao ar livre (ícone Eco) onde a experiência tridimensional é possível, comunicando-se com a cidade e harmonizando o edifício. Também há o hall central, onde estão várias esculturas, eventos e lugares de interesse, espaço este que conecta todas as salas de exposição de modo que, muitas crianças possam experimentar a diversão na ciência (ícone Divertido), enquanto que o fluxo do projeto foi desenhando para cruzar o interior e exterior do edifício de forma natural (ícone Comunidade). Havia a intenção de convertê-lo em um dos monumentos que simbolizassem Incheon como um museu de exibição e ciência onde as crianças pudessem se divertir e experimentar.
Localização: O terreno de uma instalação pública em repetidas ocasiões foi relegado para fora da cidade. Ele foi desenhado por uma linha artificial chamada de bairro de desenvolvimento limitado, em um espaço suficientemente grande para um uso público, que o centro da cidade não poderia oferecer. O lugar para este museu de ciência é a última parte de KyeYangSan, onde a área residencial espontânea e o bairro de desenvolvimento limitado artificial estão interconectados no centro da cidade antiga.
O lugar era um terreno onde a forma e a qualidade foram transformadas tanto por seu tamanho quanto por sua capacidade necessária. O volume colocado no limite entre a cidade e a natureza criou cada espaço externo no leste e oeste, em que a forma e qualidade não foram alteradas.
O espaço contido em um único volume é fluído para que não se tornasse um obstáculo que bloqueia o espaço externo, mas, sim que se relacionasse com o lugar criando um experiência ecológica diretamente relacionada com a praça. O espaço externo adicional também foi projetado como espaço de exposição ao ar livre no lado norte.
Esponja: O projeto se iniciou a partir de duas perguntas: como definir as crianças como usuários e que de forma deve ser um museu de ciência. A partir disso, foi definido que as crianças possuem grandes habilidades para assimilar novos conhecimentos com suas mentes e corpos com base na experiência intuitiva, aprendendo como uma esponja que absorve a água.
Os elementos importantes que identificam a função de absorção de uma esponja exerceram uma influência decisiva na imagem exterior, representados através das aberturas amorfas sobre a superfície da edificação. O volume e o espaço em que cada abertura podem estar repletos de sonhos e esperanças sobre a ciência, e a esponja, assim, tornou-se objeto para a imaginação conceitual.
Aberturas: As aberturas amorfas foram feitas através do painel de madeira com alta densidade, como se fossem uma esponja. Elas não se limitam a pele externa sem nenhuma função para o interior, mas sim, exercem influência na relação da qualidade lumínica do espaço. A pele exterior foi projetada com funções duplas que se alteram durante o dia e durante a noite.
Estas aberturas fazem com que a edificação se torne um dos ícones locais, já que as várias luzes coloridas se destacam interiormente durante o dia e exteriormente durante a noite.
Espaço Externo: O espaço ao ar livre está oculto por espaços expositivos ao seu redor. Os visitantes, frequentemente, se reúnem nos espaços entre as exposições. O espaço aberto possibilita as experiências verdes e ambientes naturais. A área de observação encontra-se no espaço aberto para criar uma expectativa perante o próximo evento de exibição. O jardim da cobertura tem como vista a montanha Keyang, espaço onde os visitantes também poderão desfrutar de um espetáculo teatral ao ar livre.
Luz: O volume se encontra naturalmente orientado ao sul em relação ao espaço exterior. Mas, a luz natural cria tanto uma vantagem quanto uma desvantagem no programa contido no espaço de exibição. O fluxo de entrada de luz natural se torna difícil se uma sala principal está no lado norte, levando em conta o fluxo de um espaço exterior. Por outra parte, o fluxo do espaço exterior é cortado já que o espaço expositivo está localizado no lado norte, considerando a luz natural.
O hall principal está acomodado ao norte, o espaço de exposição no primeiro e segundo pavimento ao sul e o terceiro pavimento ao norte. Uma grande abertura foi instalada na parede sul do volume. A luz natural penetra desde o jardim da cobertura até a sala de exposição e o hall principal com acesso ao espaço expositivo externo.
Espaço de Exibição: O espaço de exposição é sempre escuro, bloqueado e isolado do espaço exterior. Não há muito deles nos museus de ciência coreanos já construídos. A utilização do concreto foi considerada para criar o espaço de exposição, onde a luz natural pudesse entrar através das aberturas amorfas na pele exterior do museu.
Como resultado disto, dificulta-se a perda da linha de visão e concentração durante a exposição, já que, a iluminação difusa é revestida com uma película de cor, enquanto que o painel de madeira com alta densidade foi apoiado na parede metálica exterior, a fim de obter a luz indireta necessária para converter-se no ponto de concentração do olhar.